Os piratas P-209

Duas horas depois da conversa com o pai, Milo ainda não estava normal. O conselho foi reunido para saber das últimas notícias, Thales também foi chamado. Mas antes da reunião acontecer, o alarme de tentativa de invasão foi tocado diversas vezes ao longo de 10 minutos, todo o protocolo de defesa da ilha foi acionado, mas as tentativas foram frustradas para alívio geral. Os guardas externos do porto de Esmirna vieram avisar que muitos barcos tinham aparecido em torno da ilha, tentaram furar o bloqueio mágico diversas vezes e não conseguiram.

- Nunca vi este tipo de barco, Senhor. Mas quando reparamos na bandeira deles não restou dúvida, são piratas, bandeira negra com uma caveira branca e ossos cruzados. - disse o capitão da guarda.

- Athina está de parabéns outra vez pelo magnífico trabalho de magia em torno da ilha. Mas de qual inferno estes piratas saíram?

- São os mesmos que atacaram a Cidade Murada, eles tinham alguns objetos de lá.

- Que tipo de objeto?

- Ânforas com as cores específicas da Cidade Murada e passavam de um para o outro, acho que era vinho o que bebiam.

Na reunião Thales falou algo interessante:

- Eu lembro que os moradores mais antigos de lá sempre falavam nos piratas, já os mais novos achavam que isso era lenda. Fazia muito tempo que eles não apareciam. Na ultima vez eles foram rechaçados de tal maneira que demorou para que se recuperassem, mas fizeram um estrago grande na cidade e em consequência disso o muro ficou mais alto e as entradas da cidade ficaram praticamente inexpugnáveis.

Milo deu um pulo na cadeira:

- Eu só conheço uma pessoa que faria tudo pra prejudicar a Cidade Murada só pra dizer que Dario não governa bem. Essa pessoa mora lá e correria o risco de ser roubada e ter sua casa invadida? De jeito nenhum, já que é a informante dos piratas.

- Acho que sei de quem você está falando... - disse Thales com um sorriso amargo.

- Margot.