sábado, 24 de fevereiro de 2024

Thales é encontrado P-168

Milo, Bah e Athina ficaram sem ação olhando para Mara. 

- Me ajudem, por favor! - Mara estava realmente desesperada, ela correu pra Milo e abraçou o irmão - Milo, eu juro que foi sem querer, eu tive um choque terrível, senti uma onda de energia passar por mim e gritei muito, Thales estava a alguns passos de mim e tentou me segurar sem entender o que estava havendo, a gente estava na beira do promontório e aí...

- Sim? Continue.

- Ele se desequilibrou por causa de mim e... ele caiu lá embaixo! - Mara agora chorava copiosamente.

- Onde ele caiu exatamente, dentro da água?

- Ai, pelos deuses! Acho que foi na água. Mas não o vi em canto nenhum.

A notícia se espalhou tão rápido como rastro de pólvora e em pouco tempo muitos fandans estavam no local indicado por Mara. Quando os guardas do palácio chegaram, vários fandans já procuravam ao longo de toda a praia. Quando ficou claro que Thales não estava por ali, eles pegaram os barcos e foram procurar no mar seguindo as correntes marítimas. A procura durou um bom tempo, Milo foi pessoalmente para o mar ajudar.

- Príncipe - disse um dos marinheiros - Há muitas pedras naquela área, o local é bem fundo. Ele poderia ter saído ileso mas pode ter batido a cabeça numa pedra e ter ficado desacordado.

E foi exatamente o que aconteceu, acabaram achando Thales desacordado numa praia, bem perto do local onde ele foi preso quando invadiu Esmirna. Tinha uma pancada feia na cabeça que ainda sangrava, mas tirando isso, ele parecia bem. Foi levado para o palácio e recebeu ajuda médica. Mara estava aliviada e não saia do lado dele.

- Uma pancada na cabeça, sei exatamente como é isso. - disse ela, com os olhos vermelhos de tanto chorar, quando Milo entrou no quarto. 

- Por hoje passa, mas vamos ter uma conversa bem séria depois, está ouvindo mocinha? - Milo não estava brincando, seu rosto continuava raivoso enquanto Mara tentava disfarçar todo mal-estar que sentia - Vou querer saber o que você fez contra Alana usando aquela maldita pulseira, tudo explicadinho, nos mínimos detalhes.

🔹💙🔹

sábado, 10 de fevereiro de 2024

A pulseira é destruída P-167

O promontório.

Milo deu um longo suspiro e pegou mais um cálice de licor. Seu semplante continuava raivoso. Athina tinha saído da sala e Bah tentava acalmar a situação. A pulseira permanecia em cima da mesa e parecia ter aumentado de tamanho, os dois não paravam de olhar para aquele objeto sombrio, o que contrastava com o fato da pulseira ser extremamente colorida, um adorno que em outros tempos poderia ter alegrado o visual da princesa. Milo mandara chamar Mara mas ela tinha saído desde o começo da tarde acompanhada por Thales e ainda não voltara. Ele tomou a decisão de destruir a pulseira, pois assim fazendo destruiria também seu poder maléfico.

- Estou cansado, Bah. - disse ele - Cansado de lidar com tanta coisa ao mesmo tempo. Adiantei várias coisas hoje pra ver se descanso uns quatro dias seguidos. 

Nisso Athina retorna a sala com um livro de magia antigo.

- Pronto, eu achei as palavras certas pra destruir este objeto. - Ela abriu o livro em cima da mesa e apontou - Aqui está! Posso prosseguir?

Quando Athina pronunciou as palavras, a pulseira pegou fogo, rapidamente o metal derreteu e as pedras foram pulverizadas, em pouco tempo o que restava da pulseira sumiu no ar numa fumaça preta. Bah sentiu outro arrepio, parecia ter ouvido alguém gritar. Com os olhos arregalados ela perguntou:

- Vocês ouviram isso?

Athina virou a cabeça devagar, parecia paralisada onde estava:

- Sim, ouvi!

Milo olhou para as duas fandans e disse:

- Sei quem gritou, reconheci a voz... Mara!

- Sim... ela deve ter colocado muito de si naquela pulseira, quando a mesma foi destruída ela sentiu... ela deve ter sentido uma dor física.

Não tinha se passado dez minutos quando a porta da sala se abriu de supetão e Mara entrou, estava aterrorizada:

- Milo, Thales caiu!

- O que? Caiu de onde?

- Do promontório da praia! Ele caiu há pouco tempo... e sumiu! 

😮😮

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Intangível P-166

Bah lembrou a Marta o que tinha acontecido algum tempo atrás envolvendo a pulseira de Mara:

- Isso não me parece boa coisa - disse Marta.

- E não é mesmo! Vou falar com Athina e com Milo e descobrir o que está acontecendo. 

Bah usou uma magia protetora para levar a pulseira consigo. Foi difícil falar com Milo, ele parecia ter sumido no ar, quando finalmente o encontrou já era noite, estava rodeado de funcionários na sua sala no palácio. Quando todos saíram, ele suspirou e pegou um pouco de licor de morango na bancada.

- Você está me trazendo um novo problema, adivinhei? - disse ele olhando pra Bah.

- Desculpe... mas a resposta é sim. - Bah explicou tudo e finalizou colocando a pulseira colorida em cima da mesa dele.

Milo olhou pra pulseira sem acreditar: - Eu guardei esta maldita pulseira no cofre! E protegi a senha de abertura com magia!

Eles chamaram Athina que por coincidência também estava no palácio. Depois de examinar a pulseira ela disse:

- Príncipe, a pulseira pode se tornar intangível, ou seja, incorpórea, e desta maneira atravessar paredes, no caso a parede do cofre. Sua magia protegendo a senha do cofre não falhou, o cofre não abriu. Mas a única fandan que conseguiria tirá-la de dentro do cofre, foi quem a transformou em objeto de magia ruim.

- Mara! - O rosto de Milo tinha se transformado numa máscara de raiva.

Athina continuou examinando o objeto em questão:

- Tem como ver quem usou a pulseira por último? Vi mago Ron fazer isso uma vez. - disse Milo.

- Sim, vamos lá. - Athina pronunciou algumas palavras e na frente deles apareceu uma cena, eles a viam pela perspectiva da própria pulseira: Mara estava no quarto de Alana! Ela levanta a pulseira que está em seu braço e pronuncia algumas palavras, o objeto se ilumina e depois volta ao normal caindo no chão com um baque surdo. Bah reparou no sorriso maldoso no rosto de Mara e sentiu um arrepio.

😦😦