Dois dias depois, Mara desembarcava no porto de Solemar. Pouco tempo depois voltou a ocupar seu quarto no palácio de Esmirna. Milo a encontrou bem disposta e corada se arrumando para visitar Thales na prisão.
- O que a mãe achou de tudo isso? - Milo nunca tinha visto a irmã assim.
- Ela me incentivou, você sabe que ela quer que eu case, acha que já passei da idade.
- Com Thales? Há fandans interessados em você melhores que ele.
- Você também? O pai - disse ela se referindo a Hayden - me deu um sermão assim que cheguei. Olhe aqui - disse ela encarando o irmão - quem escolhe meu marido sou eu e não abro mão disso. Milo, eu nunca me apaixonei por ninguém, essa é a primeira vez!
Milo, mesmo a contragosto, não disse mas nada. Antes que Mara o fizesse, ele mesmo desceu pra ver o primo. Thales parecia estar achando tudo aquilo muito engraçado, mas ao olhar para expressão de raiva de Milo, o sorriso morreu rapidamente.
- Você está se divertindo com toda esta situação, na verdade você não gosta nem de Mara nem de Alana.
- Não sei se gosto delas ou não. Estou confuso. Elas são bem diferentes. Gosto da atenção e cuidado que elas me dão... Alana aqui e Mara na Cidade Murada. Eu conversava muito com sua irmã, eram boas conversas, daquelas que você se sente mais leve quando termina, fica com a autoestima elevada, se sente menos infeliz, enfim. Eu tive uma vida muito diferente da sua.
- Estou disposto a te dar uma chance, acho que você deveria mudar de vida, todos merecem uma segunda chance.
- Eu aceito!
- Só que vou ficar de olho em você, Thales. Não tente me enganar porque eu vou descobrir e aí não vou ter mais pena de você.
- Não quero sua piedade, quero sua confiança.
- Pois então lembre disso sempre: quando quebramos a confiança de alguém, não tem volta, nunca mais este alguém confiará em você de novo
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