O começo da investigação P-222

Aspecto interior do prédio onde fica a loja.

Enquanto estava ali olhando pra o enorme buraco no chão da loja, Bah pensou que as cidades de Solemar e Esmirna possuiam muitos mistérios, era um atrás do outro. Se abaixou e olhou com atenção para a escada que descia e a escuridão em torno dela, aos poucos percebeu pequenos lampejos de luz vindos lá de baixo.

- Como isso foi acontecer? - disse Syl que tinha acabado de chegar.

Milka se dirigiu a um canto da parede:

- Eu estava acabando de colocar esta estante aqui... - ela começou a apalpar a parede até que com um pequeno estrondo o buraco se fechou novamente. 

As fandans se agitaram de novo, as clientes da loja conversavam uma com as outras dando palpites.

- Há um mecanismo escondido na parede! E pelo jeito é bem antigo.- disse Bah.

- Bah você lembra que esta loja passou muito tempo fechada? Era cheia de prateleiras com mercadorias cobertas de poeira.

- Sim lembro! E como fizeram uma reforma aqui e não descobriram o buraco? Afinal a parede foi recuperada e pintada. - Bah pensou um pouco e continuou - Isso terá que ser investigado, o melhor é que vocês tirem as mercadorias daqui, guardem em algum lugar até que tudo seja esclarecido.

O setor de engenharia e arquitetura de Solemar foi acionado, Bah ouviu comentários que iriam procurar o projeto do prédio e quem teria feito a reforma. Naquela noite ela perguntou a Milo o que ele achava daquilo:

- Acha que pode ser uma passagem secreta? Uma ligação entre Solemar e Esmirna?

- Se for uma passagem secreta para Esmirna eu desconheço. 

- A rainha Lara disse a mesma coisa.

Havia duas passagens de ligação entre as duas cidades, uma na caverna situada na floresta de Solemar, onde Bah e Milo se viram pela primeira vez, e a segunda passagem bem mais utilizada, ficava na praça central de Solemar e saía diretamente na praça central de Esmirna.

- Poderia ser o depósito da loja? Um porão?

- Acho que não... - disse Bah - Parece ser muito fundo! Eu vi lampejos de luz, como se as paredes lá embaixo tivessem buracos.

- Então temos um novo mistério pela frente.