Os gatos de Solemar
Após mais ou menos 1 mês Bah voltou pra Solemar e pra casinha da floresta. Milo e Milka vinham sempre visitá-la, pois ela precisava retomar suas atividades com seus pequenos alunos. O encontro com a rainha Melina ainda não tinha ocorrido e isso realmente a preocupava, mas aconselhada pelas fandans de sua família, sua mãe, avó, tataravó e também por Syl sua melhor amiga, Bah não tocava no assunto com Milo.
Paralela a história de Bah, Milka tinha sua própria história e a dela estava longe de se resolver. Um dia ela ficou com o coração aos pulos por causa de Lyam. Como todos os outros fandans de Esmirna ele viera conhecer Solemar com a família e a namorada. E pela primeira vez Milka trocara algumas palavras com ele. Lyam estava querendo saber onde encontraria no comércio de Solemar um determinado tempero que sua mãe queria muito experimentar e alguém lhe dissera que Milka era a pessoa certa pra lhe dar esta informação. Foi uma conversa muito rápida, uma pergunta dele e a resposta nervosa de Milka.
- Eu não estava esperando por aquilo - Milka comentou com Bah depois do ocorrido - fiquei sem reação ao ver aquele homem na minha frente. Ele sempre me evitou. Tive que me esforçar pra tirar os olhos dele e responder certo. Agi como uma adolescente apaixonada.
-Detesto dizer isso - respondeu Bah - mas ele ter se aproximado pra perguntar algo a você não quer dizer que ele esteja com algum interesse.
- É, eu sei... - Milka achava a realidade cruel, mas a verdade é a verdade, fazer o que? Ela e a bisneta se tornaram muito próximas depois dos últimos acontecimentos.
Depois que a reconciliação entre as duas cidades/ reinos deixou de ser novidade, as coisas começaram a voltar ao normal, ou pelo menos a um novo normal, pois a vida dali pra frente não seria a mesma coisa, nunca mais. Houve uma troca muito grande de cultura/costumes que se traduziam na comida, nas roupas, nas danças... As duas rainhas se tornaram amigas e os fandans seguiam suas rainhas como exemplos a serem seguidos.
No fim de semana seguinte, Milo trouxe um peixe feito a moda esmirnense para o almoço do sábado na casinha da floresta. Alê aceitou bem o convívio com ele pra alívio de Bah. Lá pelas 3 da tarde Alê dormia e Milo estava muito quieto. Bah já conhecia Milo o suficiente pra saber que ele estava preocupado com alguma coisa.
- Ainda não conheci o pai de seu filho - disse ele sem olhar pra ela.
- Ah sim... ele anda bem ocupado com as finanças do palácio - Bah sabia que Erik era do tipo que tentava ocupar a mente trabalhando pra esquecer sentimentos tristes, a separação deles tinha sido necessária mas difícil, pra ele bem mais que pra ela... Bah desconfiava que ele ainda gostava dela.
- A mãe quer conversar com você - disse Milo de repente virando-se pra olhar pra ela - tenho um pressentimento ruim quanto a isso.
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